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    Kholodnyy - Uma cidade do interior de Voyna

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    Mensagem por O Mestre Sáb Fev 25, 2017 5:48 am

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    Kholodnyy

    Kholodnyy fica bem próximo da fronteira com Tekunoroji ao norte. Por ser uma cidade próxima do começo da fenda o clima nesta cidade costuma ser quase sempre muito gelado, nevando quase todo dia. Mesmo sendo uma cidade interiorana, por fazer parte da potencia militar a tecnologia da cidade é razoavelmente avançada e todos estão sempre armados. Mas os cidadães tao educados e calmos, combinados com a paz sempre frequente do local, faz com que os viajantes que passem por aqui percebam que essa é realmente só uma cidade do interior.
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    Mensagem por Ultimos Dom Fev 26, 2017 8:41 pm

    Noite, por volta das cinco horas da manhã, a qualquer momento o sol nascerá.

    Pela última vez eu verifiquei a bainha presa na minha cintura, meu cinto estava firme e a espada, afiada recentemente, estava pronta para o uso a qualquer momento. Peguei a bússola de cima da mesa onde havia deixado e a guardei em uma bolsa pequena, que eu carregaria comigo junto com as poções e afins. Finalmente, joguei o manto por cima dos ombros, ajeitando o capuz da capa que foi tecida pela minha própria mãe. Ela me cobraria na jornada. Estava tudo pronto, o silêncio tomava conta do além da porta de saída, era uma combinação perfeita para um dia seguinte a um dia de neve, um dia de despedida.

    Com tudo pronto. Toquei a carta de despedida sobre a mesa com o dedo indicador, pensativo a respeito de deixa-la. Na última hora ela me pareceu necessária. Gastei as últimas duas horas daquela madrugada a escrevendo. Serenna, Roland... Eu não pretendo deixa-los em risco enquanto caminho sem rumo atrás de respostas, por isso, iria dae satisfações. Eu já havia comunicado ao meu mestre e ele havia concordado, mas com a fada era diferente, será que ela teria vontade de vir comigo ? Eu não sei se seria o certo fazer com que ela venha, mas a sensação de que era errado deixa-la me esmagava a consciência. Afinal havíamos passado muito tempo juntos após a ocorrido nas ruínas.

    Na carta eu descrevia que iria pegar o trem para a capital, com mais pessoas eu teria mais acesso a informações e mais informações significava mais livros, mais registros. Tudo seria importante, mas eu não tinha pressa, a ideia de que há um destino me consolava. Joguei mais um pedaço de lenha no fogo fraco e sai em direção a porta. O cheiro e os estalos na lareira eram tentadores, mas eu deveria seguir em frente.

    Abri a porta para o vento frio, e sai. Para a estação.
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    Kholodnyy - Uma cidade do interior de Voyna Empty Re: Kholodnyy - Uma cidade do interior de Voyna

    Mensagem por O Mestre Dom Fev 26, 2017 10:06 pm

    Últimos finalmente conseguia juntar a coragem de deixar seus amigos para trás e buscar respostas, obviamente o garoto não realmente os abandonaria mas, isto era um assunto que ele precisaria resolver sozinho. Roland havia informado a ele que em Kholodnyy existia uma estação de trem que poderia leva-lo até uma pequena vila portuária, onde teria que dar um jeito de pegar um navio seguindo para a porção central de Voyna, e de lá seguir a Bak. Tentando lembrar da explicação de seu mestre de como chegar a seu destino, o rapaz seguiu na direção da estação, mantendo seus braços cruzados e tentando se manter sempre aquecido, pois o frio daquele local sempre parecia pior do que ele lembrava. Poucos minutos depois ele chegou na deserta estação, a mesma era bem velha e meio acabada, parecia que ninguém se importava em mante-la em boas condições, talvez o trem não fosse o meio de transporte mais comum para os cidadães. Últimos teve de esperar alguns minutos até o trem chegar na estação, ele entrou no mesmo e não estranhou estar totalmente vazio, o garoto imaginava que aquela cidade não seria um ponto turístico muito movimentado. A viagem foi bem tranquila, apesar dos vagões do trem serem bem velhos e enferrujados, eles ainda estavam funcionando normalmente e o trem se movia com rapidez. O rapaz ficava próximo a uma janela para poder aproveitar a paisagem que passava fora, era difícil de acreditar mas ele estava mesmo em Voyna.

    Como ele poderia ter sido transportado para tão longe? Estava em outro continente, outro país, um lugar conhecido somente pelos rumores e noticias, mas nunca pessoalmente. Últimos tentava não pensar muito nisso ou ficaria novamente abalado com a situação, ele não queria acabar ficando com mais duvidas, ele queria achar respostas. Depois de um longo tempo o trem finalmente parou na estação final, que se encontrava no meio de uma pequena vila costeira cheia de navios, parecia ser uma vila de pescadores, pois todos que estavam ali e todos que saiam do trem (no meio do caminho algumas poucas pessoas entraram no mesmo) pareciam ter equipamentos preparados para pesca, deveria ser a forma principal de sustento da população daquela área. Últimos saia e observava os vários navios parados na costa, eles iam desde o mais pequenos simples até navios enormes que pareciam mais para guerra do que para pesca. Foi então que ele começou a ficar meio preocupado, pois agora vinha a parte mais difícil. Como conseguir "carona" em um dos navios? Será que teria de pagar? Ou teria alguma boa alma que o ajudaria de bom grado? O rapaz precisava pensar qual seria a melhor forma de agir para conseguir realizar seu objetivo.
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    Mensagem por Ultimos Dom Fev 26, 2017 10:43 pm

    Quando cheguei no porto, o sal entrou pelas minhas narinas, o cheiro do mar.

    A viagem de quilômetros foi finalizada em relativamente pouco tempo, a tecnologia é algo que ainda me pega de surpresa. Incrível. Eu talvez nunca vá me acostumar com isso.

    Bem, agora eu precisava tratar de encontrar um navio. Eles eram tantos e de tantos tamanhos... O mais importante seria, para mim, chegar inteiro e seco so meu destino. Mesmo de longe eu podia sentir, pelo vento, as águas gélidas, que criavam brisas que teimavam levar embora o calor do meu corpo.

    Reajustei o capuz, mante-lo firme sobre minha cabeça era prioridade contra o clima. Já a minha bandana de testa, eu achei que seria melhor afrouxa-la um pouco e desce-la até a altura do meu pescoço. Além de me aquecer o pano teria mais praticidade para proteger meu nariz e boca caso o vento esfriasse ainda mais.

    Ao invés de decidir escolher de cara um navio e me arriscar a ser julgado pelas aparências, a ideia de visitar alguma taverna antes, para obter informações, me agradou. Sendo assim, parto pela cidade de forma a sempre me manter próximo ao porto, em busca de una taverna com alguma bebida quente.
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    Mensagem por O Mestre Seg Fev 27, 2017 3:15 am

    Últimos decidia fazer a aproximação mais cautelosa e mais sensata, procurar uma taverna próxima onde poderia tomar uma bebida quente e ao mesmo tempo conseguir informações, talvez até mesmo ter contato com alguns dos marinheiros que poderia lhe ajudar. Contornando a margem da vila ele conseguiu ver um lugar bastante movimentado, onde podia se ouvir musica bem alta e varias pessoas conversando quase a gritos, parecia que ele tinha encontrado o local. O rapaz então adentrou a taverna, Ratos de Porão era o nome, e o local fazia jus ao nome. A taverna estava cheia dos tipos mais sujos e ameaçadores que Últimos ja tinha visto, todos bebendo como loucos e discutindo sobre varias coisas, alguns até mesmo brigando e parecia que logo alguma morte ocorreria. Piratas, pensou o garoto, só poderiam ser piratas, Últimos tinha ouvido de seu pai historias sobre eles antes, mas nunca imaginou que os mesmos fossem tão brutos, grosseiros e beberrões como eram. Mesmo começando a duvidar se sua ideia tinha sido a melhor, o rapaz se dirigiu até o balcão onde estava o garçom, ele servia alguns piratas mal encarados até então perceber a presença de Últimos, o mesmo então riu e disse em um tom muito sarcástico:

    - O que vai querer garotinho? Receio que acabou o leite.

    A taverna inteira explodia em risos, alguns piratas chegavam a cair no chão de tanto rir, ou de quão bêbado estavam. Últimos ficou perdido sem saber como responder a aquela provocação, mas antes que ele pudesse dizer alguma coisa um assovio lhe chamou a atenção. Ao olhar para sua esquerda, o rapaz viu um pirata diferente dos outros, este não era sujo e não parecia um bruto do mar, ao reparar bem no rosto do mesmo ele parecia mais um aristocrata do que um verdadeiro pirata, principalmente por o mesmo estar sentado em um sofá que não pertencia a taverna e por segurar uma taça de vinho como um nobre.


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    Ao lado do pirata que parecia bem excêntrico, estava uma bela garota de cabelos loiros e longos, mas seu olhar atento e a forma como as mãos dela estavam sempre perto de suas pistolas, entregavam que essa garota não era alguém com quem você deveria mexer, ou poderia sair dali cheio de buracos.

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    O rapaz ainda estava confuso com tudo o que via, e com toda aquela situação embaraçosa, mas não teve tempo de pensar quando o pirata excêntrico se aproximou e passou o braço envolta dele, lhe dando um sorriso e logo virando para o garçom.

    -Qual é Mathias, este garoto já é maior de idade, provavelmente, lhe sirva uma cerveja por minha conta!

    Quando o pirata falava isto ao garçom a taverna inteira ficava em silencio, parecia que alguém tinha acabado de pronunciar as palavras mais assustadoras do mundo, pois todos olhavam para a dupla com ódio no olhar. Então um dos piratas que estava próximo, um homem bem robusto e barbudo, alguém do tipo que você nunca gostaria de se meter em uma briga com, se levantou e puxou sua adaga apontando-a para o pescoço do pirata:

    -Então é assim?! Você não se mete com nenhum de nós porque nos considera rufi... rufi... aquele negocio que você sempre fala! Agora esse moleque que fede a leite e que você não conhece, você já ta sendo amiguinho dele?! Sabia que não deveríamos ter aceitado você como pirata, vou te sangrar agora mesmo maldito!

    Últimos estava cada vez mais se arrependendo de ter entrado naquela taverna, ele nem mesmo entendia porque daquela briga estar acontecendo, ele só sabia que sua vida estava correndo grande risco. Porém um pequeno raio de luz surgiu quando ele viu a garota de cabelos dourados sacar e apontar uma de suas armas para o pirata robusto, sorrindo de forma sádica e falando em alto e bom tom para todos ouvirem.

    -Não sabia que bandidos sujos de segunda classe se consideravam piratas! Parece que agora qualquer um pode ser aceito para navegar, talvez o único requisito seja que se você cair na água tem que boiar que nem merda!

    E o pequeno raio de luz de esperança do garoto se esvaiu em segundos, pois com aquela provocação todos os outros piratas da taverna se levantaram em fúria total, sacando suas armas e se preparando para acabar com o trio. A garota sacou sua outra pistola e apontou na direção da pequena multidão, porem ela só tinha duas pistolas então não teria muito o que ela fazer, o pirata excêntrico, sorrindo igual a um imbecil olhando para todos, parecia não estar armado, estavam em uma grande desvantagem. O que Últimos faria? Seria esse o momento de usar suas habilidades e lutar? Ou tentaria ele fugir e deixar que aquela dupla de estranhos lidassem com seus problemas sozinhos?

    (Tem em torno de 10 piratas na taverna, um bem próximo apontando a faca para o pescoço do excêntrico. Os outros estão divididos em grupos de 3, em volta de mesas redondas localizadas em, uma na frente da garota a aproximadamente 1 metro, uma na diagonal de Últimos em torno de 2 metros, e a ultima ao fundo da taverna e próxima da porta, sendo a mais longe a 2,80 metros de distancia).
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    Mensagem por Ultimos Seg Fev 27, 2017 7:44 am

    Ótimo, piratas. Pelo menos não eram todos que me queriam morto.

    Não era como se eu não tivesse considerado a possibilidade deles estarem brigando para ver quem ficaria com minhas moedas. Eu não gostava nem um pouco da situação, ainda mais considerando que o lado menos desagradável estava em desvantagem. Acontece que os outros piratas possivelmente acabariam com a minha vida após acabarem com a dos outros dois, e com isso eu fui jogado em um dos lado antes mesmo de perceber. E era o lado em desvantagem numérica.

    A atiradora* parecia confiante em suas habilidades, talvez fosse capaz de acabar de verdade com os piratas que fossem contra ela, mas o nobre* estava com a espada muito perto de seu pescoço.

    De qualquer forma, eu não via muitas saídas. Que triste seria acabar minha viagem na primeira taverna. Então eu peguei a caneca de cerveja que o nobre havia requisitado e empurrei pelo balcão contra o pirata robusto. Eu iria improvisar, falar o que vem na cabeça poderia ser uma arte.

    - Se você quer a cerveja, vai lá grandão, você é esperto. Apesar de achar bom o gosto da cerveja, eu prefiro leite mesmo... - imaginei que teria mais risadas nessa parte, mas não é como se eu realmente me importasse. - ... E bem, a discussão acaba sem ninguém tomar um tiro. Todos sabemos que a senhorita acertaria todos nós antes que pudéssemos pensar na próxima caneca de cerveja que queremos. E os que não perceberam deveriam beber logo um pouco mais. Digo, se vocês forem rápidos, talvez a matem. Mas mais alguém vai morrer, quem está disposto ? Que o primeiro a ter vontade de se sacrificar pelos próximos avance. - Eu tive de olhar para a atiradora novamente, para garantir que ela estava entendendo a situação, eu esperava que sim.

    Eu sei que era arriscado, mas eles eram muitos. E também por isso eu daria um passo para trás caso o homem viesse pegar a cerveja, eu queria me manter distante do alcance de sua adaga. Minha espada certamente teria um alcance maior que eu poderia tirar vantagem se lutássemos.
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    Mensagem por O Mestre Seg Fev 27, 2017 5:51 pm

    Últimos decidiu escolher uma aproximação mais pacifica da situação, estavam em desvantagem então não faria sentido lutar de frente. Ele pronunciou seu pequeno discurso e ficou observando os piratas para ver como reagiriam, e para seu alivio alguns dele concordaram com o que dizia. Os mais inteligentes decidiam que aquela briga estupida não era algo que valia a pena morrer por, e então saiam da taverna para não se meter na confusão (os 3 piratas do fundo e 1 dos piratas do meio saíram, sobrando o total de 6). Porém suas palavras, apesar de bem escolhidas na opinião do rapaz, não foram tão recebidas por aqueles que ficaram, talvez pelo nível de inteligente mais baixo daqueles piratas, eles acharam que Últimos os estava ofendendo e os provocando, fazendo com que a situação só piorasse. O garoto então olhou a pirata de cabelos dourados para ver se ela ajudaria a resolver aquilo de forma pacifica, mas para sua surpresa ela o olhava com desgosto, parecia que ela não compartilhava o pensamento mais amigável do garoto.

    O brutamontes que segurava a faca contra o pescoço do excêntrico perdia o controle, confuso com tantas palavras difíceis e irritado com a suposta provocação de Últimos, o mesmo mudava seu alvo, apontando a faca para o rapaz agora e preparando-se para esfaqueia-lo. Era o fim, pensava Últimos, seu plano havia funcionado porem apenas parcialmente, e a parte que não funcionara infelizmente lhe causara um grande problema, pois o brutamontes estava tão perto que era impossível escapar daquela facada certeira. Ou pelo menos era o que o rapaz pensava, até ouvir barulho de vidro se quebrando e ver que, o pirata excêntrico tinha quebrado uma garrafa de vinho na cabeça do brutamontes que, caiu no chão totalmente desacordado. O pirata excêntrico pegou então outra garrafa, encheu sua taça e ficou sentado no balcão bebendo como se nada tivesse acontecido, ele apenas virava para sua parceira e falava em um tom calmo:

    -Você pode cuidar deles né Eli?

    -Claro capitão, não levara mais que cinco segundos!

    A pirata de cabelos dourados não pensava duas vezes e já saia atirando nos três piratas a sua frente que vinham lhe atacar, os movimentos dela eram incríveis, ela desviava dos ataques dos piratas enquanto procurava o momento perfeito para atirar em suas cabeças e derruba-los com extrema facilidade. Últimos porem não teria tempo para ficar apreciando a forma incrível como a garota lutava, pois os dois piratas que estavam mais para o meio do salão vinham lhe atacar, um vindo diretamente de frente com o garoto, preparando suas duas adagas para enfinca-las no estomago dele. O outro vinha pelo lado esquerdo do rapaz, com uma espada curta que segurava acima de sua cabeça, parecia que quando ele chegasse perto tentaria desferir um golpe forte direcionado a cabeça de Últimos. Como ele reagiria? Agora que tinha sido forçado naquela situação horrível, era lutar ou morrer, a unica questão era, como ele lidaria com seus dois oponentes?
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    Mensagem por Ultimos Seg Fev 27, 2017 6:24 pm

    " Que maldição, esse piratas vão realmente querer brigar comigo ? " - Foi o primeiro pensamento que passou na minha cabeça quando alguns piratas decidiram ficar. A situação se desenrolou sem que eu pudesse fazer muito a partir dali. Era lutar ou morrer.

    Já de início eu puxei
    Lâmina Neutra e a segurei, erguida, frente ao peito, com ambas as mãos. Minha vontade de lutar contra aqueles mongolões era bem pequena, mas a adrenalina começou a fazer seu efeito. Meu coração acelerava conforme os dois malfeitores se aproximavam.

    A primeira possibilidade que eu neguei na minha mente foi de usar
    Over-Edge. Uma luva com uma pedra mágica era mais que suficiente para piratas ladrões quererem cortar a minha mão. Mas infelizmente, para lidar contra os dois eu teria de fazer, meu corpo agiu por impulso. Primeiro contra o homem com as adagas, minha mão esquerda segurou sozinha a espada para que a direita se projetasse, e como em um soco a mão cruzou o espaço entre eu e o pirata com as adagas, emitindo um Disparo Místico, usando apenas a minha energia, isso deveria empurrar o homem e me dar tempo para lidar com o outro.

    Considerando que ele estava com a arma já levantada para me atacar, prever o ataque era mais simples, eu colocaria a minha espada no caminho para segurar a dele, aproveitando então para chuta-lo no ponto mais frágil de todos os homens.
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    Mensagem por O Mestre Ter Fev 28, 2017 5:22 am

    Pressionado a lutar por sua vida Últimos começou a se entregar a adrenalina que começava a fluir dentro de si, mas ainda assim pensando calmamente na melhor forma de lidar contra seus dois oponentes. O pirata com as adagas estranhou a forma como o rapaz utilizou a mão sem a espada para ataca-lo e, sem entender nada, continuou seguindo em frente pronto para dilacera-lo. Porém o que aquela pirata não imaginava, é que seria atingido por uma energia de coloração azulada e meio transparente, que sairia da luva de Últimos e dispararia como um tiro no rosto do oponente. Estes piratas não tinham conhecimento algum sobre magia, o que deu uma boa vantagem a Últimos, pois a combinação da surpresa daquele ataque desconhecido mais, o fato do pirata não ter nenhum tipo de defesa magica, fez com que o golpe certeiro desmaiasse o pirata sem precisar de muito esforço. O outro pirata que usava uma espada se espantou ao ver aquela cena, o que fez com que seu ataque perdesse bastante a força pois ele tinha ficado com medo do garoto. O que resultou em uma defesa completa de Últimos, pois se o pirata tivesse conseguido atacar com força total o garoto não teria força suficiente para se defender totalmente utilizando apenas uma mão.

    Agindo rapidamente para não dar tempo de seu oponente atacar, o rapaz chutou o pirata no lugar em que causaria mais "dano" e observou enquanto o outro caia se contorcendo de dor, e como o pirata não queria lidar com aquele disparo misterioso fingiu ter desmaiado de dor e ficou ali esperando que eles saíssem. Tinha ganho a batalha, Últimos se sentia feliz por ter conseguido lidar com os piratas e decidiu então ajudar a garoto, porém quando se virou viu que não deveria ter se preocupado, pois ela não só já tinha derrotado todos seus inimigos, como havia empilhados eles e os usado como cadeira para esperar o rapaz terminar sua luta (Batalha finalizada, você ganhou 10XP, 5XP por pirata, e gastou 15 pontos de MP que irão se recuperar com o tempo, irei atualizar sua ficha). Quando o pirata excêntrico percebia que Últimos tinha finalmente finalizado a luta, ele sorria de forma exagerada e mais uma vez colocava o braço em volta do garoto sem nem pedir permissão, ele começava então a falar em um tom meio alto (que dava para perceber sua embriagues) e enquanto balançava seu cálice, derrubando vinho no rapaz:

    -Excelente! Desde o momento que entrou pela porta sabia que não era como aqueles rufiões! Gostaria de ser parte da minha tripulação? Porque estou perguntando, é claro que você quer! Ninguém recusaria fazer parte da tripulação do famoso pirata... O Excêntrico! Ainda não entendo porque me chamam assim mas temos que aceitar nossos títulos não é mesmo? E qual seu nome rapaz? Me conte enquanto seguimos para o navio, temos muito a fazer e pouco tempo para isso! E Eliza ajude o novato a levar meu prestigioso sofá para o nosso navio.

    Últimos estava totalmente perdido com a situação e nem mesmo recebia tempo de resposta, o excêntrico não parava de falar um único minuto, e a garota, Eliza, olhava para o rapaz de forma seria e ameaçadora, mandando ele obedecer por olhar. Sem ter tempo nem de pensar Últimos se via segurando uma parte de um sofá pesado e tentando dar um jeito de tira-lo da taverna, parecia que o rapaz tinha se metido em uma confusão ainda pior do que pensava. O que fazer? Deveria ele tentar dar um jeito de fugir? Talvez tentar se explicar em uma rara ocasião onde O Excêntrico parasse de falar? Ou poderia ele usar aquela oportunidade para conseguir a carona que precisava?
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    Mensagem por Ultimos Ter Fev 28, 2017 7:39 am

    Não era esse o ditado ? Por trás de cada homem excêntrico há sempre uma mulher afiada ? E a pequena "Eliza" se encaixava perfeitamente nesse ditado, eu só não tenho certeza se o ditado era mesmo assim.

    Eu pessoalmente estava com mais medo da Eliza do que do homem Excêntrico, eu não lembrava de ter ouvido falar dele, ou dela. Mesmo assim, eles não representavam perigo imediato e eu pude baixar minha espada, deixando-a descansar de volta na bainha. Ajeitei minha capa e capuz antes de seguir até o sofá, meu nível cardíaco voltava ao normal e uma linha de suor começava a escorrer, capturada pela bandana em minha testa.

    Depois de tudo, eu não conseguia odiar o pirata, mas certamente suas atitudes me deixavam com raiva. Ainda por cima ele havia derramado vinho na minha camisa, e poderia ser no manto de minha mãe, mas, como não foi, eu nem me importei. Mas sobre entrar para o seu grupo, eu não pude me segurar e falei em um tom de voz um pouco mais alto do que o pirata usava, para ser ouvido.

    - Eu não quero me juntar a tripulação, me desculpem. Não tenha nada contra vocês serem piratas, mas meu objetivo é arrumar um navio para a capital. Vocês são comerciantes também, ilegais, mas sabem que minha ingressão na tripulação não resultaria em nenhum benefícios para nenhum de nós dois, não seria lucrativo, eu nunca naveguei antes. - Tinha algo mais que eu queria falar, mas obviamente eu havia perdido a oportunidade. Olhei para a garota de olhos odiosos e deixei para lá,  me perguntando se a dupla teria entendido o que eu quis dizer com aquilo.

    De qualquer forma eu acabaria levando o sofá.
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    Mensagem por O Mestre Qua Mar 01, 2017 7:33 am

    Mesmo ainda perdido e sendo meio que forçado a levar o sofá com os dois estranhos, a educação de Últimos não conseguia deixa-lo recusar ao menos ajudar com essa tarefa, agora entrar em uma tripulação pirata já não fazia parte de seu objetivo. O pirata excêntrico ouviu a recusa e olhou para o rapaz com uma expressão confusa, até que fez uma expressão de total entendimento e, para poder melhor olhar nos olhos do garoto o mesmo deitou-se no sofá e começou a balbuciar novamente (e parecia nem mesmo perceber que tinha dificultado ainda mais a tarefa de levar o sofá para sua subordinada e para o "convidado):

    O Excêntrico - Não não não não não! Desculpe acho que não falei direito garoto, não pretendo vende-lo nem mesmo coloca-lo para ficar no manche, meu interesse é em tudo que esta dentro de sua cabeça! E claro em sua luva, ou achou que eu não iria perceber o que fez? A grande maioria dos piratas não conhecem as artes misticas mas, eu não só as conheço como sou fascinado por elas! Ter um companheiro de navio que entenda disso seria excelente! Mas confesso que estou fazendo esse pedido meio que do nada então possa acabar assustando você, então que tal assim, te darei uma carona até a capital e se até lá gostar da experiencia, vira um de nós!

    Sim, não havia sido uma pergunta e sim uma afirmação, mais uma vez o pirata excêntrico parecia se importar pouco com a vontade de Últimos e mais com a própria vontade, e parecia feliz por ter "resolvido" a situação inteira mesmo sem ouvir a opinião do rapaz. Não muito tempo depois eles chegaram na costa onde, um pouco mais ao fundo, escondido entre navios maiores estava o pequeno e humilde navio daqueles piratas:

    O Excêntrico - Não é uma grande embarcação mas, pelo menos a tecnologia é de ponta, a melhor que o dinheiro pode comprar. Então pasme-se diante do Palácio Marinho! Eu mesmo dei o nome não é ótimo?!

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    Mais uma vez O Excêntrico não esperava pela resposta de Últimos e simplesmente pulava do sofá e abordava primeiro a caravela, parecia estar empolgado enquanto gritava para reunir todos os outros tripulantes no meio do convés. Quando Últimos conseguia finalmente finalizar sua "missão" de deixar o sofá ele via finalmente toda a tripulação pirata, e ficava totalmente espantado por, junto com Eliza e o capitão, serem o total de 5 piratas.

    O Excêntrico - Muito bem pessoal, conheçam nosso novo tripulante... quero dizer aquele que vai pegar carona conosco e depois sera nosso tripulante! Senhor... qual seu nome mesmo? Bem pode fazer uma breve introdução depois, no momento quero lhe apresentar os outros membros do nosso maravilhoso grupo! Primeiro Joseph, meu primeiro imediato, o marujo mais confiável que eu conheci e um total brutamontes! Um soco dele e você vai ficar desacordado por dias... experiencia própria... E esta é Christina! Ela cuida de nossas armas e é uma excelente espadachim, eu tomaria bastante cuidado com ela pois o seu temperamento é tão afiado quanto a lamina de sua arma. Por ultimo mas obviamente não menos importante, nosso membro mais recente Nick, um rapaz bem astuto que é tão rápido que parece estar em todo o navio ao mesmo tempo! Ele tem nos ajudado muito.

    Joseph
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    Christina
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    Nick
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    Todos fizeram gestos de "oi" para Últimos e continuaram agindo normalmente, parecia que "sequestrar" estranhos e os "obrigar" a fazer parte da tripulação era algo normal para o capitão excêntrico, então após a introdução breve de todos eles voltaram a seus afazeres sem darem muita bola para o rapaz.

    O Excêntrico - Não são uma tripulação ótima?! Eu só escolho os melhores garoto! Agora da para você entender como somos tão famosos e ao mesmo tempo continuamos desconhecidos não é?! Bem eu vou dar uma carregada no navio enquanto isso fique a vontade para falar com tudo mundo, fazer o que você quiser, sei lá, logo partiremos para a capital!

    E rindo de forma "grandiosa" e muito estrondosa o capitão se dirigiu ao manche, deixando Últimos parado ali, mais confuso do que nunca e totalmente perdido. O que fazer? Deveria ele aceitar a carona e seguir com o grupo até a capital? Ou deveria aproveitar que estavam distraídos e sair do navio antes que fosse levado para mais confusões?
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    Kholodnyy - Uma cidade do interior de Voyna Empty Re: Kholodnyy - Uma cidade do interior de Voyna

    Mensagem por Ultimos Qua Mar 01, 2017 9:30 am

    Com certeza tomei um susto quando ele falou da luva.
    Maldito pirata, óbvio que ele iria perceber, o bêbedo que era meu oponente foi arremessado para longe, como fui ingênuo...

    E então eu percebi, não tinha como negar aquele "pedido" afinal. Eu não estava contente com isso, mas parecia ser um acordo aceitável. Era melhor ser chamado de pirata do que ser um homem morto, convenhamos. O fato é que ele não conhece a verdadeira extensão das habilidades de Over-Edge, isso era uma vantage e contanto que eu chegasse vivo até a capital eu estaria bem, eu poderia escapulir do navio. E bem, de certa forma isso me ajudaria, eu não tinha muito dinheiro para gastar e uma passagem de um navio melhor seria cara.

    Quando eu me dei conta, eu já estava no navio, com um total de cinco piratas, três novos para minha lista de conhecidos. Eu ignorei, de novo, a questão do nome. Repeti o gesto de "oi". E depois ouvi atento o discurso do então, meu capitão ? Nah, eu não vou chama-lo assim, aquele excêntrico... Chama-lo de excêntrico já é muito.

    Enquanto o pirata excêntrico entrava no navio, eu fiquei sem saber o que fazer. Uma voz na minha cabeça gritava " Sai fora, sai fora! ", mas outra, e provavelmente mais burra, já havia me convencido de que era uma boa ideia. Suspirei. O ar, dessa vez realmente infestado de sal, me incomodava, apesar de não ser ruim, me lembrava o quão longe eu estava de casa.

    Eu não queria ficar ali parado, então terminei por decidir andar pelo navio, ver o que eu poderia descobrir, e quem eu encontraria e onde, de forma bem aleatória mesmo, começando pelo convés.
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    Mensagem por O Mestre Qua Mar 01, 2017 9:53 am

    Últimos decidiu dar uma explorada no convés e ver quem ele conseguia encontrar, observar o que estava acontecendo, não se é todo dia que se tem a chance de observar a rotina de piratas. Os primeiros que ele viu foram Nick e Joseph, que juntos iam soltando as velas e as deixando prontas para navegação, Nick rapidamente subindo e soltando os pontos necessários enquanto Joseph pegava a corte extra e dava nos extremamente fortes. Andando por toda parte do navio estava Eliza, ela observava tudo a volta deles como um falcão buscando sua presa, se qualquer inimigo, ou qualquer coisa entrasse na visão dela, a mesma estaria preparada para avisar os outros em um instante.

    A unica pessoa que o rapaz não encontrou foi Christina, que provavelmente estava na parte interior do navio verificando o estoque de armas, ou talvez até mesmo deixando os canhões preparados caso eles precisassem lutar. Em pouco tempo Últimos percorreu o convés inteiro (era um navio pequeno). Em pouco tempo já tinha investigado o convés inteiro (era um navio pequeno), talvez fosse uma boa ideia explorar a parte interna do mesmo, mas antes que pudesse pensar em descer ele viu algo peculiar, o capitão estava segurando o manche e o mesmo emitia um brilho azulado que lhe parecia familiar. Iria interagir com o capitão e perguntar mais sobre aquilo? Ou deixaria para fazer isso depois que interagisse com algum outro membro do grupo ali no convés? Talvez Últimos estivesse muito curioso para ver a área interna do navio e deixaria de falar com os piratas para continuar explorando?
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    Mensagem por Ultimos Qua Mar 01, 2017 10:18 am

    Todos pareciam ocupados de mais.
    Isso demonstrava bastante disciplina, e me deixava me sentindo um pouco mais seguro. Talvez eles realmente não fossem "qualquer um"s.

    Terminando de verificar a parte externa, eu me peguei em dúvida sobre falar com o capitão a respeito de suas ligações com a magia. Eu tinha impressão, uma quase certeza, de que a luz que eu havia visto era magica, como a energia disparada por Over-Edge . Ele estava praticando algum tipo de encantamento no objeto, talvez ? isso era sem dúvidas interessante, mas eu sinceramente não queria falar com ele tão cedo.

    Eu considerei a probabilidade de me encontrar com a pirata ausente do deck se decidisse ir mais a fundo no navio. Sem dúvidas ela é quem me deixava com menos medo, de vista, talvez por me lembrar meu antigo mestre e amigo, Roland. Esse fato, combinado a minha curiosidade a respeito da carga, me direcionaram para investigação. Eu já estava com o capuz para trás, era melhor assim em terreno "amigo".




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    Kholodnyy - Uma cidade do interior de Voyna Empty Re: Kholodnyy - Uma cidade do interior de Voyna

    Mensagem por O Mestre Qui Mar 02, 2017 3:03 am

    Últimos decidia seguir sua curiosidade e olhar o navio por dentro também, ele foi até o fundo do convés e desceu pela estreita escada até a parte interior. O rapaz se viu em um corredor estreito bem difícil de se locomover, do qual logo percebeu que era a sala dos canhões, pois vários dos mesmos de alta tecnologia estavam fundidos a parede do navio, parecendo mais lança-misseis prontos para acertar oponentes desatentos, já que os mesmos quase se camuflavam com a estrutura do navio. Ao fundo desta sela ele pode ver Christina, que estava pegando a estranha munição que ia nos canhões e os deixando preparados, a mulher logo percebeu a presença de Últimos e lhe deu uma olhada de relance, logo voltando para seu serviço, mas ainda dando atenção ao rapaz falando com ele de forma severa, mas com um tom de gentileza:

    Christina - Peço desculpas pela atitude de nosso capitão, ele costuma ouvir somente o que quer e não prestar atenção as necessidades de outras pessoas, apesar deste comportamento ele é uma ótima pessoa, só um pouco... excêntrico. E qual o seu nome? Todos aqui parecem não serem educados mas, é nosso costume não perguntar pois algumas pessoas preferem se manterem desconhecidas, ou não se apegaram aos outros. Você não é daqui né? Seu jeito parece ser meio interiorano, de onde você veio? Claro que se não quiser contar você não precisa, todos nós temos coisas que queremos guardar, que queremos esquecer... Bem se não quiser me responder não tem problema garoto, só tome cuidado para não se envolver demais conosco, infelizmente somos um grupo que parece atrair confusão para nosso lado.

    A voz de Christina demonstrava que mesmo ela sendo uma pessoa severa, sua preocupação pelo garoto era mais do que real, ela parecia ser do tipo que se importava com qualquer pessoa não importasse a situação. Isso fez com que Últimos se sentisse um pouco mais a vontade, apesar de estar em um navio pirata nenhum deles pareciam ser realmente maus, um pouco malucos sim mas não pessoas ruins, talvez ele pudesse ficar mais a vontade. Deveria ele responder a mulher? Por educação sim mas, contaria a uma desconhecidas os trágicos detalhes da sua historia? Ou talvez fosse melhor continuar se mantendo um desconhecido a eles?
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    Mensagem por Ultimos Qui Mar 02, 2017 3:36 am



    Hey, alguém amigável. É por isso que eu gostava de evitar os preconceitos. Mesmo Christina, com sua aparência rígida, poderia ser gentil.

    Respirei fundo novamente, e por um traço de timidez eu esfreguei a nuca com a mão esquerda antes de falar com a moça:
    — Eu... me chamo Ultimos... — Acabei não resistindo, esconder minha identidade por muito tempo não seria de grande ajuda.

    — Venho de uma vila, chamávamos nós mesmos de Vila do Vale Cinzento... É uma longa historia sobre como eu vim parar aqui. —
    Por fim eu me permiti recostar na parede, observando através do navio o céu que eu imaginava. Afinal, era a única ligação, a única coisa que permanecera a mesma dês de que eu me afastei de casa.

    — Parece que três anos longe não me mudaram, afinal, heheh... Bem, eu só quero voltar para casa... — Eu não buscava algum tipo de simpatia vinda da mulher, mas eu acabei desabafando para ela, alguém precisava saber para caso eu morresse.

    Por fim, passei os dedos pelos fios de cabelo, seguindo da testa e terminando na nuca, pensativo. Depois eu me lembrei dos fatos seguintes e como eu havia me afastado de todos, e me peguei olhando para a luva em minha mão direita.

    — Pois bem, não se preocupe, eu consigo imaginar que ele seja uma boa pessoa, mas me incomoda um pouco. Precisa de alguma ajuda com essas coisas ? eu juro que nunca toquei nesses canhões antes, mas eu posso aprender rápido. — Terminei mostrando meu polegar, para mudar o clima. Se ela recusasse ajuda, eu subiria para onde eu havia visto o exocêntrico. Caso contrario, eu teria como objetivo falar com o capitão de qualquer forma, mas a ajudaria primeiro.

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    Mensagem por O Mestre Qui Mar 02, 2017 8:55 am

    Christina novamente olhou de relance para o garoto e lhe deu um leve sorriso, ela parecia ter ficado feliz com ele se abrindo um pouco com ela e, parecia entender que tinha certas coisas que Últimos não queria falar então não insistia mais na conversa. Para sair do assunto ela aceitou a ajuda do rapaz e lhe mostrou como fazer, era um processo simples já que os canhões eram mais automatizados do que pareciam, mas o garoto ainda precisava ser cuidadoso pois se alguma das munições sofresse qualquer dano elas poderiam explodir e matar todo mundo.

    Em pouco tempo os dois haviam terminado o serviço e estavam de volta ao convés, Últimos foi presenteado com a maravilhosa vista da cidade costeira ficando cada vez mais distante, e do vasto mar cada vez mais "engolindo" o navio, finalmente tinham zarpado. O rapaz então decidiu seguir até o capitão, estava curioso sobre o manche "especial" e também querendo saber como o excêntrico tinha percebido o poder de sua luva. Quando ele chegou na área do manche o pirata excêntrico estava lá com o mesmo sorriso idiota e pilotando o navio como se não soubesse faze-lo, Últimos começou até a questionar se o outro realmente sabia velejar mas preferiu ignorar isso, era o momento de falar com o capitão sobre as duvidas que tinha.
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    Mensagem por Ultimos Qui Mar 02, 2017 11:52 am


    Aquela última visão da terra firme era algo que realmente mexeu comigo.
    Lá se vai a segura, seca e confortável terra firme.

    Mas eu havia feito minha escolha escolha. Eu iria para a capital com esses cinco.

    Chegar até o capitão foi a parte simples, agora eu precisava falar com ele, e precisava de informações úteis

    — Err... — Eu já pude sentir a dor vindo, começando na minha garganta. —... Capitão... — suspiro — ...Eu tenho assuntos pendentes para acertar. —
    Eu falei, já entrando na cabine em questão.

    A estrategia era simples, acerta-los com perguntas antes que ele pudesse desviar do assunto. — Preciso saber, o que exatamente você quer de mim ? O que você sabe a respeito disso — Nessa hora, eu levanto a luva para mostra-la para ele — ... E me conte sobre esse leme. —


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    Mensagem por O Mestre Qui Mar 02, 2017 8:05 pm

    Últimos criava a coragem para encarar o falatório incessante do excêntrico para tentar tirar suas duvidas, ele fez uma estrategia simples e se manteve fiel a ela, antes que o pirata pudesse desviar o assunto ele o bombardeou com as perguntas mais importantes no momento. O Excêntrico sorriu da sua forma idiota novamente e se preparou para responder o garoto, porém quando o mesmo mostrou sua luva o pirata ficou com uma expressão de curiosidade e espanto, ele segurou a mão de Últimos e ficou observando cada detalhe da luva antes de finalmente solta-lo e, começar a conversar com ele com um pouco de seriedade (algo que surpreendeu o rapaz):

    O Excêntrico - Parece que te deixei tão curioso quanto eu fiquei curioso, vamos conversar então. Eu de verdade não quero nada de você garoto, pelo menos não do jeito que imagina, não quero tentar lhe ajudar para nenhum tipo de proveito próprio. O motivo pelo qual queria você na minha tripulação é porque nos dois temos afinidade com o mistico, ambos podemos usar magia. O manche que te deixou curioso, é o coração deste navio, nele eu coloco um pouco de minha mana e isso carrega o Palácio Marinho para que ele possa continuar funcionando normalmente. Parece ineficiente ter que gastar minha mana com isso não é? Mas você vera que um navio movido a magia supera os outros de varias formas. E quanto esse seu maravilhoso apetrecho, eu de verdade não sei o que ele é, só fiquei curioso pois parecia que ele que lhe ajudou a canalizar sua mana e, eu já ouvi algumas historias sobre um par de luvas que fariam qualquer um querer te-los. Então por favor aceite meu conselho garoto, tente não mostrar essa luva para ninguém, ela pode ter lhe salvo daquele problema, mas dependendo de quem souber do poder desse equipamento pode fazer com que fique em mais problemas. Bem espero que eu tenha sanado suas duvidas, quer perguntar mais alguma coisa? Ou quer tentar pilotar um pouco?! Vamos será divertido! Talvez possamos jogar alguma coisa antes do navio atracar e...

    O plano de Últimos funcionou... por um tempo. Logo depois que o pirata excêntrico tinha finalmente dado ao rapaz algumas das respostas que ele procurava, o outro se distraia e começava a barragem de palavras rápidas e quase sem sentido para cima do garoto. Deveria ele interromper o momento de excentricidade do capitão para tentar perguntar mais coisas? Ou deveria ele apenas tentar se concentrar em sua mente e fingir estar em outro lugar, enquanto era obrigado a ouvir um monte de coisas sem sentido?
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    Mensagem por Ultimos Qui Mar 02, 2017 10:10 pm




    O conselho me pareceu genuíno. Digo, eu acho que acabei me deixando levar pelo preconceito e por seu jeito exocêntrico.
    Suspirei.

    Enquanto o homem falava, demorei alguns rápidos segundos olhando para o artefato em minha mão, o homem tinha razão, e eu sabia.

    De fato os piratas na taverna eram agressivos, mas a jovem Eliza os matou desnecessariamente, talvez... não consigo ver outra saída, mas sinto como se aquilo não tivesse sido necessário. Esses pensamentos me atormentaram um pouco enquanto eu olhava para a luva, a abaixei, deixando-a ser ocultada pela manta cinzenta. Era realmente um artefato poderoso, eu deveria tomar cuidado com isso. E quando eu me dei conta, estava vítima de mais um discurso do excêntrico.  — Esta tudo bem, eu estou só estou um pouco cansado, ha algum lugar onde eu possa deixar minhas coisas ? Um quarto ? — Faço um gesto para a bolsa, e os objetos que eu carregava comigo, como a espada, também pesavam...

    — Eu sei que a viagem será longa... — Eu partiria assim que possível para o lugar designado. Se não houvessem mais distrações, eu iria descansar um pouco, talvez até dormir, é atualmente minha intenção.

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    Mensagem por O Mestre Sex Mar 03, 2017 1:26 am

    O Excêntrico - E então BUM! Foi incrível e... a... você esta cansado? Claro que esta cansado! Depois de tudo que ouve isso faz total sentido, bem você só precisa descer as escadas e continuar seguindo o corredor. No final dele terão algumas portas, a ultima é onde guardamos nossos pertences então você pode guardar suas coisas lá. E a penúltima porta é meio que um quarto de convidados, fique a vontade para usa-lo, e se quiser ouvir mais da minhas historias sabe onde estou!

    Parecia que o pirata estava começando a ouvir melhor quando Ultimos falava com ele, finalmente parando de balbuciar infinitamente, e dando as instruções que o rapaz precisava para finalmente poder descansar. Quando Ultimos saiu da cabine o capitão lhe acenou de forma empolgada e lhe dando aquele sorriso idiota dele, finalmente se livrando da complicação que era interagir com o excêntrico o garoto seguiu para seu merecido descanso, mas foi parado no meio do caminho por Eliza:

    Eliza - Se você acha que vai chegar a algum lugar sendo bonzinho, pense duas vezes, pois nesse mundo só aqueles que não tem coração ficam vivos.

    E sem nem mesmo esperar por uma resposta a garota saia de perto, empurrando o garoto com o ombro antes de sumir de vista, parecia que ela não tinha gostado muito de Últimos. Dando um longo suspiro o garoto decidiu continuar seu caminho, em pouco tempo ele já tinha guardado seu equipamento e estava deitado na pequena cama do minusculo e quase claustrofóbico quarto. Últimos ficava por um bom tempo olhando o teto antes de conseguir relaxar, pois apesar de seu corpo estar cansado sua mente ainda estava a mil, varias perguntas vinham e lhe assolavam, teorias malucas o deixavam pensativo, e pensar que talvez ele nunca voltasse para sua casa o deixava totalmente desesperado. Porém com o tempo o cansaço de seu corpo venceu sua mente, e ele entrou em um longo e profundo sono...

    Que infelizmente durou apenas algumas poucas horas, pois Últimos foi acordado com um barulho muito alto vindo de fora do navio. Ele acordou assustado e logo se levantou seguindo para o convés, não sabia o que estava acontecendo e não conseguia ver nada por estar no meio da noite e a escuridão tomar conta do local. Ele então viu toda a tripulação a bombordo olhando para o horizonte. O que estava acontecendo? Poderiam estar em perigo?
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    Mensagem por Ultimos Sex Mar 03, 2017 3:50 am


    O encontro com Eliza foi no mínimo triste. Na cama, eu olhei o teto por alguns minutos. Apesar de eu não vê-lo, lá estava o imenso céu sobre mim, o mesmo céu. Viajei em pensamentos.

    Eu já havia passado por algumas situações ruins, talvez nada tão traumático, apesar de que poderia ter sido se não fosse a presença de algum amigo, como Serenna ou Roland, eles me ajudavam muito. Sentir saudades era inevitável. Mas o interessante era que a experiência, mesmo pouca, que eu tive, me deixa compreender o sentimento dela. Eu só não conseguia concordar. Meus braços estavam sob a cabeça, como um travesseiro de carne, eu suspirei.

    Mesmo em um mundo onde é " Matar ou morrer ", se tem escolha. É uma visão triste acreditar que a única forma de superar um obstáculo é pela morte e assassinato, mas eu a entendia. Matar alguém é a mais simples a primeiro ver, por isso era escolhida pelo mais bruto. Qualquer tolo pode tirar uma vida, mas poupar... Eu precisava dizer isso para ela alguma hora, perdi porém a chance de conversar, acabei somente refletindo sobre o assunto na cama.

    ~ Momento reflexivo mais tarde ~

    E então eu me encontro de frente para a tripulação. A primeira coisa que eu faço, obviamente, é me juntar a eles.

    — Hey, o que houve ? — Eu perguntaria tentando ao máximo entender o motivo de todos estarem em um só ponto. A pergunta foi em voz alta, para todos.

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    Mensagem por O Mestre Sex Mar 03, 2017 6:48 pm

    Antes que algum dos piratas pudesse responder ao garoto o que acontecia, uma luz bem forte iluminou o navio deles inteiro, quase os cegando por aparecer tão repentinamente. Assim que os olhos de Últimos se acostumaram com aquela claridade repentina, ele pode ver uma imagem que o deixou completamente perplexo, nunca tinha visto uma embarcação tão enorme quanto aquela, e o simbolo de Voyna do lado da mesma fez com que ele estremecesse imaginando o pior.

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    O Excêntrico - Droga como eles nos acharam?! Estávamos fugindo com tanta facilidade que... pera... eles nos enganaram?! Merda! Eles fingiram não conseguirem nos seguir para nos emboscar!

    Joseph - Ei capitão agora não é hora de entrar em desespero! Precisamos de um de seus planos para sair dessa enrascada.

    O Excêntrico - Sim sim, me desculpe, eu só... certo, se concentre............ JÁ SEI! Joseph solte as amarras! Nick recolha as velas e as deixe preparadas para extrema velocidade! Eliza e Christina, vão para a sala de canhões e se preparem para um combate caso seja necessário! E você garoto... eu não sei, faça o que souber fazer de melhor! Para falar a verdade acho que seu poder seria útil para nossa escapada, me encontre no manche!

    E o capitão corria direto para o manche enquanto seus subordinados faziam tudo que lhes eram mandado o mais rápido que podia, Últimos pode ver ali que todos realmente eram fiei e comprometidos naquela tripulação. Antes que o garoto pudesse decidir o que fazer ele ouviu um barulho quase ensurdecedor vindo do enorme navio de guerra, parecia um tipo de alarme agudo que imitava o som do choro de algum animal, era um som horrível que quase o fez perder o balanço. Porém com o som a atenção do rapaz novamente foi tomada pelo navio militar, e com isso ele viu um estranho garoto que parecia ser da sua idade ou ainda mais novo, ele estava bem na ponta da proa e olhava diretamente para Últimos. A expressão do garoto loiro era vazia, quase como se ele não tivesse sentimentos.

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    O rapaz sentiu algo muito estranho vindo daquele estranho que o olhava com intensidade mas sem expressão alguma, porém ele não tinha tempo para tentar encontrar alguma resposta quanto a isso, tinha pouco tempo para agir pois logo seriam atacados. Deveria Últimos seguir o capitão e ajuda-lo usando seu poder? Ou deveria ele tentar ajudar alguma outra pessoa? E o mais importante, deveria ele tentar correr até onde suas coisas estavam guardadas e pega-las antes de qualquer coisa?
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    Mensagem por Ultimos Sex Mar 03, 2017 8:23 pm

    Faltava um pouco de educação entre os piratas.
    Mas tudo bem, eu nem esperava muito deles nesse sentido. Eu esperava mais no sentido Desempenho em situações estranhas. Como batalhas e escapadas marítimas.

    E ao longe, o sujeito no outro navio me deixava aflito, nos primeiros instantes eu não entendi qual era a dele, me olhando, ainda mais daquele jeito...

    "É como se ele...Estivesse guardando meu rosto ? Mal sinal, mal sinal."

    Eu tinha um mal pressentimento, além de notar que era óbvio um ataque contra a nossa embarcação.

    Isso sim era algo que eu não esperava. O tal capitão tinha um plano, e nesse caso era melhor eu ouvi-lo de uma vez. Eu teria tempo, assim espero, de pegar minhas coisas depois. E assim eu fiz, fui atras do exocêntrico de uma vez.

    — Diga, provavelmente temos menos tempo do que eu imagino. — Eu disse ainda da porta, me preparando para correr para onde fosse necessário. Eu estava ficando nervoso, seja la como era uma batalha marítima, eu não queria participar dela em um barco menor.

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    Mensagem por O Mestre Sex Mar 03, 2017 10:32 pm

    O Excêntrico - Que bom que veio garoto! Nunca pensei que teríamos que usar nosso trunfo mas, com aquele navio de guerra nessa proximidade se não fizermos isso iremos morrer! Preciso que me ajude aqui, eu vou colocar minha mana no manche e, se puder coloque a sua também, quanto mais conseguirmos melhor. Isso ira fazer com que o mecanismo secreto do navio ative e iremos sair daqui rapidinho!

    Últimos não tinha certeza se aquilo iria funcionar porém, não havia tempo para pensar pois dava pra ouvir o barulho dos canhões inimigos se locomovendo para mirar neles, então se não o ajudasse acabaria morrendo junto. Os dois então seguraram o manche e colocaram sua mana nele, fazendo o mesmo brilhar azul claro e puderam ouvir o barulho do navio alterando sua forma. A parte de trás do navio abriu e duas enormes turbinas apareceram, as mesmas ligaram e um fogo azul claro saiu delas, impulsionando o pequeno navio com muita força e o fazendo sair em disparada. Últimos foi praticamente jogado com o movimento repentino e teve que se segurar na parede para não cair, enquanto o capitão tomava total controle do manche e os tirava dali.

    O Excêntrico - UHUUUUUL! DEMAIS NÉ GAROTO?! MAS AINDA NÃO É SUFICIENTE ENTÃO SE SEGURA!

    O pirata virava o manche completamente para a esquerda e fazia uma curva brusca, direcionando o navio para o meio de varias pedras. Era o fim, pensava o rapaz, o maluco estava tentando mata-los só podia ser isso, não tinha como ninguém conseguir desviar de pedras como aquelas mesmo com um navio tão pequeno, ainda mais em tão alta velocidade. Porém o garoto foi surpreendido, de forma espetacular e inexplicável, o capitão excêntrico desviava de todas as pedras por um fio de cabelo, mas ainda assim mantendo o navio intacto e todos nele seguros, era uma visão incrível a forma como aquele pirata que parecia a um segundo atras ser inútil estava conseguindo salva-los. Apos muitas manobras e quase uma hora de fuga, o capitão finalmente desativou as turbinas e parou com o navio no meio do nada, eles pareciam estar finalmente a salvo, todos se juntaram no convés e O Excêntrico, ainda ofegante, verificou se todos estavam bem:

    O Excêntrico - Essa... foi... por um fio... ufa... deixa eu respirar um pouco... estão todos bem? Imagino que até aqui eles não poderão nos alcançar, usei uma rota da qual imagino que eles não arriscariam nos seguir porque...

    Um silencio estranho invadiu o convés, o capitão olhava espantado para o horizonte e todos estranhavam aquela atitude, que até para O Excentrico era estranha. Decidiram então olhar e todos tiveram a mesma reação, inclusive Últimos que ficou curioso em saber o que era tão fascinante. Uma ilha, mas não uma simples ilha como qualquer outra, mas uma ilha enorme e com ar obscuro, que causava um sentimento de espanto e medo em qualquer um que olhava, um lugar que parecia ter sido abandonado por toda a humanidade:

    O Excêntrico - Eu... eu não acredito... nós realmente achamos! É a... Ilha dos Mortos!

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